A tribo indígena Yanomami vem enfrentando uma grande crise em relação à falta de serviços de saúde e a invasão de garimpeiros na floresta Amazônica. Desde 1992, quando o território foi homologado como uma reserva indígena, os mais de 30 mil habitantes vêm sofrendo com esses problemas. No entanto, houve um agravamento da crise nos últimos anos pela intensificação desses fatores. A invasão de garimpeiros na região dá-se por conta da mineração ilegal, responsável por diversos impactos sanitários, ambientais, socioculturais e econômicos sobre as comunidades. Segundo pesquisa do Instituto Socioambiental, o garimpo vem se intensificando nos últimos quatro anos na região Amazônica (incluindo Amazonas, Roraima e Venezuela), atingindo cinco mil hectares.
A maior preocupação no momento é a situação de crise sanitária que atinge as tribos, com o aumento de casos de doenças infectocontagiosas, como gripe, pneumonia e principalmente a malária. Isso porque a proliferação de mosquitos transmissores da enfermidade vem desse maior fluxo de invasores na área. Além disso, a destruição da floresta e contaminação dos corpos d’água dificultam o acesso às principais fontes de alimentação levando a desnutrição de muitos habitantes. Em 2022, a reserva viveu a pior devastação da história, com 46% de aumento no garimpo e desmatamento. É visível na imagem acima, a mudança na cor da água lamacenta invadindo os rios e nas crateras a céu aberto.
De acordo com a Fundação Nacional do Povos Indígenas (FUNAI), o Governo Federal vem tomando atitudes para o enfrentamento da crise, como a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das populações em território Yanomami. Uma outra atitude tomada foi a instalação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE - Yanomami). A polícia federal também está envolvida investigando responsáveis com a finalidade de punir os culpados e restabelecer a ordem no local.
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