Hoje em dia, a AIDS é uma doença conhecida por muitas pessoas ao redor do mundo. Entretanto, você já parou para pensar como essa doença afetou as gerações do passado? Esta enfermidade é praticamente nova, já que os primeiros casos surgiram entre os anos 1970 e, aqui no Brasil, ela se manifestou pela primeira vez nos anos 1980. Naquela época, a doença era desconhecida, o que levou milhares de pessoas a se contagiar por não terem o conhecimento necessário para se proteger dela.
O filme Bohemian Rhapsody aborda a jornada do cantor Freddy Mercury, que se contagiou em 1987, e morreu logo depois em 1991. A história desse cantor foi propagada pelo mundo, pois a banda era muito conhecida. Outro caso de AIDS, que teve muita repercussão no Brasil, foi o do cantor e compositor Renato Russo, o vocalista da banda brasileira Legião Urbana. Ele se contagiou em 1987, e morreu em 1996, por causa da doença. Assim como Renato, Cazuza, outro ídolo do rock’n roll brasileiro, artista muito conhecido da época, também contraiu AIDS, por volta da mesma época, sendo o primeiro a revelar que era soropositivo e a espalhar a notícia por todo o país. Depois desses casos serem apresentados para o mundo, a população global começou a ficar mais informada, a se prevenir, e a evitar o possível contágio da doença para futuras gerações. O mundo também se tornou mais solidário com as pessoas infectadas, incentivando outras pessoas a serem gentis com as que padecem desta doença. Aqui no Brasil, a campanha Solideried’Aids foi um sucesso, e era comum ver carros com um adesivo deste colado em seus vidros.
De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Este vírus afeta o sistema imunológico, infectando as células do organismo e se multiplicando rapidamente pelo corpo. Esta enfermidade pode causar outras doenças graves, uma vez que o sistema imunológico enfraquece, e o organismo não tem o necessário para se defender de outras doenças comuns. A AIDS pode ser transmitida por meio do sangue, de relações sexuais sem preservativos, do parto ou da amamentação. É necessário apontar que ainda não existe cura para a doença, contudo, há muitos tratamentos que foram apresentados desde os anos 1980 para amenizar os sintomas e prolongar a expectativa de vida dos pacientes. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes e tratamentos gratuitos para pessoas com AIDS, incluindo antirretrovirais e medicamentos que fazem parte do coquetel de remédios. Por isso, tornou-se referência mundial no tratamento da doença.
O vírus pode se manifestar de diversas maneiras e a doença pode evoluir e infectar diversas partes do corpo, dando espaço a outras doenças difíceis de serem tratadas, já que o sistema imunológico não funciona adequadamente. A maneira mais eficaz para não se contrair o vírus é ter relações sexuais com proteção e não utilizar seringas que já foram usadas. A educação de toda a população é essencial; à medida que mais pessoas estão conscientes dos perigos que essas atividades podem causar, mais protegidas estarão.
A AIDS em si já é uma doença fatal, contudo, o preconceito prejudica ainda mais a vida dos pacientes. Muitas vezes, as pessoas com AIDS sentem a necessidade de ocultar a doença para os demais. Isto acontece porque, no passado, os portadores sofriam muita discriminaçao; a doença era frequentemente associada a homossexuais e transgêneros. Hoje em dia, as pessoas já sabem que a doença pode ser transmitida a qualquer pessoa, independente do gênero ou identificação sexual, porém ainda gera um estigma na sociedade. Embora as pessoas já estejam muito bem informadas, ainda é comum alguns portadores do HIV serem tratados de forma injusta ou desigual.
No mundo todo, existem fontes que informam sobre a doença e sobre casos de pessoas que tiveram alguma convivência com alguém infectado. Este foi o tema tratado no livro A Corrente da Vida, escrito por Walcyr Carrasco, que relata a história de uma estudante do Ensino Médio, cujo melhor amigo foi contagiado pelo vírus da AIDS nos anos 1990. A jovem relata o que ela viveu ao ver o seu amigo sofrer por um longo período, não só por causa da doença, mas também pelo preconceito na escola. O filme americano Forrest Gump sutilmente mostra que a suposta namorada de Forrest acaba falecendo por causa de uma doença ainda pouco conhecida na época, o que faz o espectador pensar que pode ser AIDS. Tanto na realidade, como na ficção, é preciso combater o preconceito e ser solidário aos portadores.
Image: Even3.com
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